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Mostrando postagens de 2008

fim de ano.

você pensa que quando chega o fim do ano é hora de ter crise. você pensa que quando chega a crise de fim de ano é hora de pensar nas coisas ruins do ano que passou. você pensa que quando pensa nas coisas ruins do ano que passou é hora de pensar em como melhorar as coisas ruins do ano que passou, no ano que virá. você pensa que pensando em melhorar coisas ruins do ano que passou, no ano que virá, se redime dos erros que cometeu no ano que passou. você pensa, e pensa demais. talvez por isso não tivesse errado tantas coisas no ano que passou...

ócio.

a luz da tevê brilhava nas lentes dos óculos, já tão arranhadas que era quase impossível enxergar através delas. "ruim com elas, tanto pior sem...", pensou. deu o trago derradeiro no último cigarro do maço, olhou pras paredes mofadas, como se pudesse lembrar da aparência que elas tiveram no passado (o que era impossível, afinal, havia chegado ali faziam 3 meses, e desde já elas eram como são). levantou-se da poltrona, a tevê gritava algo sobre um acidente ou notícia trágica do gênero. caminhou em direção a cozinha, abriu a geladeira e pegou a última lata de cerveja da prateleira. abriu, deu um gole, lembrou da noite anterior. vagamente. era o que conseguia. sabia que tinha passado da conta, que passara a noite com alguém de quem não conseguia lembrar nem o rosto, nem o gosto do beijo. não havia mesmo feito diferença alguma. o sexo havia sido comum. terminou a cerveja, ainda na cozinha. colocou a lata vazia em cima da pia, abriu o armário e pegou um ou dois biscoitos. c
www.DrPepper.com.br quando sair um com a mallu magalhães eu coloco aqui permanentemente. viva o DrPepper. (e a Simara, que me apresentou o malandro.)
tudo vazio. me sentir vivo ao ver o sangue correndo da ferida aberta me faz perceber isso. os momentos de alegria são vividos bem, como o ensaio e as conversas falando besteiras, sentados à mesa do bar, regadas a cerveja. mas, sempre fica o sentimento de que falta algo. de fato falta. um pedaço que ficou longe. quase longe demais esses dias.

algumas notícias bizarras, outras animadoras...

Em conversa com a Fabi no MSN começamos a sessão links, aí foi pérola atrás de pérola! confiram: bizarrices tem moscas na minha água, nunca mais treparei! lan house universal do reino de deus... boneca inflável taquara rachada - nossa... como vc é gostoso... banco de metal!!!! virgem de 105 anos diz que "sexo envelhece" (ela não era virgem???) imagina chegar da padaria e *tadááá* sua casa foi demolida! - fique de quatro , por favor. - mas eu só bati a cabeeeça!!! por isso eu não empresto aquela xícara de açucar pro vizinho... alemão obeso pega cinco anos por esmagar a esposa ja sabemos o que se faz com maconha apreendida na holanda. peladão ao volante. "mutirão" do golpe do baú. (onde eu assino?) a telefonica tbm opera no japão! louvável todas as armas deviam ter esse fim!

sobre como visitei as nuvens.

o horizonte ao longe fitava-me desesperadamente, me fazendo no peito uma dor lancinante. o relógio se apressou em me dizer que era hora feita, e eu fui saindo de mansinho, como quem não quer ir (e bem, eu não queria de fato), mas tive que passar pelo portal, seguir por aquele corredor hostil. "ah meu deus do céu vai ser doído assim no inferno!!!", e parafraseando tom zé, eu subi naquele pássaro. quando fui ver, já tinha caído gota atrás de gota, da plantação de saudade que tava criando ali, e eu, sem nem notar, me vi de repente flutuar, já longe as luzes da cidade, no céu lotado de nuvens relampejantes. imaginem qual não foi o meu espanto ao ver uma delas vindo em minha direção, pronta pra abocanhar os sonhos que eu guardei por tanto tempo. me apressei e alcancei o resto da turma, que já ia longe na viagem. aproveitei pra colher um pouco de cheiro teu, pois a saudade floresceria tão logo eu descesse de bordo. foi assim que visitei as nuvens, e brinquei com elas.

Sexta-feira, 31 de outubro de 2008.

23h40 estou sentado na sala de espera para o embarque no portão. o avião acaba de estacionar ali. eu tô bem cansado. de manhã fui trancado em casa, não consegui sair até às 16h30, quase não vi minha mãe, quase perdi a paciência com isso tudo aqui. esse negócio de aeroporto internacional é um nojo. todo mundo se achando poliglota e cheio da grana. okay, eles até são, mas isso não faz de ninguém o rei-da-cocada-preta! as palavras da mãe ainda ecoam aqui dentro... tão menos pela viagem quanto pelas advertências quanto aos problemas de relacionamento com o povo todo. isso é uma bosta. eu não gosto, mas a vontade de caminhar sozinho no mundo impera sempre, nesses dias. eu não sei o que fazer. ou sei, e não faço por covardia ridícula e pura. a ceninha com o pessoal da companhia aérea na porta com sorrisinhos falsos tá rolando. o vôo vai sair à 00h00, cinco minutos atrasado. eu ainda não sei se vou conseguir chegar em tempo de curtir pelo menos o finzinho da festa na nath. mesmo assim, o peit

"but i wouldn't have you how you want"

eu já me esqueci. do cheiro, do gosto, da sensação de estar aí. e a memória era minha felicidade maior. preservava você do jeito que eu idealizei. exatamente da maneira que eu te quero. agora ficou só um fragmento de lembrança. é seu sorriso que não saiu ainda...
há tempos que eu digo que sou voyeur. Mas não um voyeur comum. Sou um voyeur dos pequenos detalhes. das mínimas percepções, dos toques sutis que fazem meus olhos lacrimejarem, um sorriso satisfeito brotar no rosto. sou aficcionado por cada estrela dessas que brilham dentro dos oceanos. essas outras que lhe percorrem todo o corpo, como que feitas pra hipnotizar cada célula desse sistema que eu sou. esse sistema burro, que insiste em insistir no que menos lhe parece promissor, concreto. há tempos tbm que eu sei que meu peito (de sal de fruta, fervendo num copo d'água e tudo o mais) é tão retardado quanto a minha razão sem lógica. razão essa que eu ja perco, fazendo flutuar no céu de algodão doce. agora é levar o corpo, a mente, e os cacos do jeito que vão... que eles se juntam e rejuntam em várias formas e polígonos!

Fire.

eu fiz a letra dessa música na semana do acidente com o avião da TAM, em Congonhas. mandei para o ygor que colocou a melodia. fire |brunodumont when I saw the sky was gray and the fire came against me the only thing that I could think where's the miracle we all have been waiting? it comes like fire it comes like fire it comes like fire whispers can be signs of grace all the sins are miraculous if I have to see the hell with my eyes tearing blood it will come like fire it will come like fire it will come like fire it will come like fire
àdois | brunodumont quando todo mundo acha q eu sou só, eu tenho ela. e ela me tem. a gente planeja todas as coisas juntos. a partida, o refrão a patrulha, a sessão todo o futuro de toda gente daqui. a gente fere e atordoa renova desmistifica a vastidão desse chão revirado dá vida e mundos novos sepulta e benvinda a gente dói junto e chora todas as dúvidas e confusões o meu nome eu entrego pra ela casa que eu escolhi assim, de vontade própria lugar pra onde eu sempre volto tarde mas que me acolhe da mesma maneira como se eu nunca tivesse sido de outro mundo. " que vc consiga ficar bem só e pensar. " leia ouvindo:  ♫  Belchior - Passeio.
do monte fez-se areia. e não foi à toa, que escolhi dele fazer meu sobrenome. do lado oposto eu perdi o gosto, mas não venci. deixei falhar a lembrança de quantas vezes lágrimas rolaram, e por tudo o mais em que se possa crer, perdi o rumo das minhas pernas e das palavras. não há pra quem dizer, pra quem ligar ou pra quem chorar baixo, no canto, no colo. só há falta. dos sons que puseram minha vida em música. eu não pretendo aqui homenagear, nem mesmo fazer citação. eu só quero externalizar. que de interno já há muita dor e canção. que se fica tudo aqui preso, a vontade é de destruir muita coisa significante. e eu que achava ser só uma insignificância, uma única gota no oceano de lágrimas que isso se tornou. "eu não sambo mais em vão."
os quadrinhos já não me fascinam tanto quanto antes. de fato, nada mais me fascina como antes, a não ser a música e as bandas e os shows. eu vim andando pelo caminho mais curto, e de repente veio nas narinas o cheiro de todas as mulheres da minha vida, ao mesmo tempo. eu pude reconhecê-los, um por um. cada peculiaridade, cada diferença entre eles. pude ver cada rosto feminino na minha cabeça à medida que os cheiros se revezavam. pensei que algo pudesse estar acontecendo com elas. improvável, assim simultaneamente. talvez eu seja o único ponto comum entre elas. elas vieram me dizer que eu não vou conseguir ser feliz nunca. vieram me ver. tirar sarro de mim. o trânsito me tira o cheiro delas, e traz a fumaça. me sinto melhor. continuo andando, de encontro à estação que me traz tanto alívio. aqui eu sempre tenho um alguém com quem falar. aqui eu sempre tenho carinho infinito. "por isso, você é o lugar pra onde sempre vou e fico..."
eu podia viver com somente você, ele e uma mesa com vinho. pro resto do sempre. um brinde!
o cansaço da célula é a vitalidade do organismo. o cansaço da célula é a vitalidade do organismo. o cansaço da célula é a vitalidade do organismo. o cansaço da célula é a vitalidade do organismo. o cansaço da célula é a vitalidade do organismo. se morre de cansaço cada célula, não persiste o organismo. é isso que eles não vêem. é isso o que incomoda, o que tortura minha cabeça. se a mente vazia é casa do diabo, ela cheia é casa pro ser humano. patético, destrutivo, estúpido. o que de pior ocorre no mundo. o que devasta, até o fim.

mono tonia.

a televisão ta muito alta. o vizinho tem criança pequena, já passam das dez, e eu to morrendo de frio sentado em frente a essa tela. desligaram o compartilhador de arquivos na empresa, e com isso eu não posso colocar minha atenção no projeto ao qual planejei me dedicar essa noite. a voz não estava boa, antes da janta. toquei três músicas que exigem muito dela, sempre, e foi ruim. ela me chama na janela piscante ali embaixo. a cadela se engruvinhou no sofá, deve estar com frio também. penso que é bom não estar chovendo. desvio a atenção pra televisão, ta passando o jogo de futebol. dou de ombros, futebol não tem mais o mesmo gosto pra mim. vou continuar baixando os quadrinhos, coisa que me fascina nos últimos dias. penso de repente, que eu podia estar fazendo algo mais produtivo agora. . . . . . . . é. monotonia é bom. não acontece coisa boa, mas coisa ruim também não há...