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amigos, amigos. negócios à parte.

Um deles era fiscal da receita. O outro policial federal.
Conversavam abertamente, eram amigos, desses com quem se pode falar sobre as coisas da vida, as coisas da morte. Havia excesso de entendimento. Eram quase irmãos, na realidade.
Soube-se um dia, que, por meios excusos, o fiscal havia ganhado uma quantia exorbitante em dinheiro. Dizia ele ser prêmio da loteria. Foi instaurado inquérito, uma investigação era conduzida. Por quem? Seu amigo, policial federal.
No dia, a polícia armou o flagrante. E lá estava o fiscal, pego com a mão na massa, corrompendo funcionários, oferecendo dinheiro em troca de abertura dos aeroportos do estado.
O fiscal, com a impulsividade de um animal, não hesitou em fugir, correr dali. Não podia ser pego. Ainda queria ter a vida farta, a mansão, os carros, piscina, férias no Taiti.
O policial sonhava com a ascenção profissional, o cargo alto no departamento, até a secretaria de segurança, por quê não?
Deu voz de prisão. Ordenou que o amigo colocasse as mãos onde pudesse vê-las.
O amigo não obedeceu ao chamado.
Era caso de integridade profissional, ele não podia agir com emoção. A razão devia pontuar todas as suas decisões.
Três tiros. Um corpo amigo caído no asfalto. Nenhum remorso acompanhando seu sono.
 
 
O Brasil é o país do futuro.
As notícias mostram isso.

Comentários

*por p. disse…
Amigos até que o interesse nos separe!!!

Aliás, o Brasil será eternamente o país do futuro, graças aos nossos amigos!

Grande Abraço
Ygor P. disse…
sério, eu torci por um beijo na boca e os dois no Taiti.
Anônimo disse…
Eu não tenho amigos.

E na ausência deles, eu vou me autodestruindo! XDDDD
Anônimo disse…
Meu deus! Que horror!

Esses seus textos sempre me distraem no trabalho hahaha isso é ótimo!

beijos
Marta Pinheiro disse…
Ah eu não curto esse ditado não!
Claro que não, irracional como sou! hahaha!
Um beeeijo!

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