o vulto vinha em sua direção, cada vez mais feroz. cada vez mais veloz.
a escuridão do cômodo não lhe deixava ver a face do agressor, que já envolvia os dedos em seu pescoço.
arrastou-o até o canto da sala, onde uma réstia de luz penetrava pela janela. pôde ver-lhe os olhos, cinzas de ira, vermelhos de ódio.
pensou em todas as coisas das mais ruins que tinha feito, a fim de justificar, ou pelo menos tentar, as atitudes violentas que o cidadão à sua frente tomava, sem uma gota sequer de hesitação em si. não conseguia entender por que ele devia ser tão sumariamente executado, ali, peito despido, só de cuecas, na sala do apartamento escuro, no meio da madrugada, tendo sido acordado de um sonho com a vizinha do lado, uma jovem de 17 anos.
ouviu o roçar do metal no tecido do bolso do homem, que levantou o objeto por cima do ombro.
ouviu um clique metálico e logo se deu conta de que seriam seus ultimos segundos no mundo.
um estampido, a arma apontada pra parede manchada de sangue, um buraco de bala no meio da mancha, o corpo velho e magro no chão, caído de lado, olhos vidrados, olhando pra porta de entrada.
tinha voltado a sonhar com a vizinha do lado...
a escuridão do cômodo não lhe deixava ver a face do agressor, que já envolvia os dedos em seu pescoço.
arrastou-o até o canto da sala, onde uma réstia de luz penetrava pela janela. pôde ver-lhe os olhos, cinzas de ira, vermelhos de ódio.
pensou em todas as coisas das mais ruins que tinha feito, a fim de justificar, ou pelo menos tentar, as atitudes violentas que o cidadão à sua frente tomava, sem uma gota sequer de hesitação em si. não conseguia entender por que ele devia ser tão sumariamente executado, ali, peito despido, só de cuecas, na sala do apartamento escuro, no meio da madrugada, tendo sido acordado de um sonho com a vizinha do lado, uma jovem de 17 anos.
ouviu o roçar do metal no tecido do bolso do homem, que levantou o objeto por cima do ombro.
ouviu um clique metálico e logo se deu conta de que seriam seus ultimos segundos no mundo.
um estampido, a arma apontada pra parede manchada de sangue, um buraco de bala no meio da mancha, o corpo velho e magro no chão, caído de lado, olhos vidrados, olhando pra porta de entrada.
tinha voltado a sonhar com a vizinha do lado...
Comentários
[favor parar de matar seus vizinhos. o ministério público agradece.
E, Bruno, o layout tá show!
Te beijo.
adorei, narrativa rapidinha.
me sentindo subindo em um carro em movimento.
entende?
¡besitos!
Abraço